De acordo com o senador Marcelo Crivella, autor da lei, o mais importante é regulamentar a profissão e criar mecanismos para que haja uma maior segurança.

“O que acontece é que as empresas, muitas vezes, acabavam fazendo com que os entregadores tivessem de andar muito rápido para garantir as entregas em um tempo que agradasse o destinatário”, disse.

Gilberto Almeida dos Santos, presidente do Sindicato dos Motoboys de São Paulo, afirma que a pressão em cima dos motoboys sempre existe, mas que agora, pelo menos eles têm a cobertura da lei, que prevê multa de R$ 300 a R$ 3 mil para as empresas infratoras.

“É importante que os trabalhadores tenham ciência de que a lei existe e eles não podem ser pressionados dessa maneira. Acredito que a situação geral vai melhorar”, afirma.

Nas ruas, motoboys ouvidos pelo Terra acreditam que pouco vai mudar, já que muitas vezes o acúmulo de trabalho faz com que eles próprios procurem andar mais rápido para cumprir a jornada.
Enquanto descansava sobre a própria moto logo após o almoço, o motoboy Edivair Souza, 23 anos, que atua na profissão há quatro anos, diz que a vida deles na rua é uma loteria. “Normalmente, faço de dez a 15 entregas de documentos por dia, em uma jornada das 9h às 17h.

São documentos que muitas vezes precisam chegar rapidamente aos seus destinatários. Muitas vezes, exageramos um pouco no trânsito, mas os motoristas dos veículos nem sempre nos enxergam. Não é uma vida fácil”, diz. Souza disse que já perdeu pelo menos cinco amigos em acidentes com motos, mas nunca sofreu um acidente grave.

“Quando a gente sai de casa, sempre pensamos na família. Acho que é a melhor receita para voltar bem para casa”, diz.

Souza afirma que as empresas legalizadas têm se profissionalizado e talvez os maiores problemas estejam em entregas noturnas, principalmente as feitas por restaurantes e pizzarias.

“Depois de trabalhar o dia todo, muitos trabalham à noite, fazendo entrega de comida. E nesses casos, além da pressão do comerciante, entra também a pressão de quem vai receber. Todo mundo quer que chegue logo. E isso aumenta o risco”, afirma.

Jefferson Nascimento Silva, 23 anos, também trabalha diariamente na rua como motoboy, diz que os maiores problemas estão nas empresas que trabalham fora da lei.

“Aí é um salve-se quem puder. Tem pouco funcionário, muita entrega e o pessoal acaba correndo mais riscos”, afirma. 

 

Quanto custa o km de um motoboy?

Há uma grande dificuldade em oferecer um preço que seja justo para um cliente, o que também pode ser considerado como muito confuso pelas pessoas. Por outro lado, essa cobrança também é muito relativa, por causa de que cada cidade pode ter variações de preços para um serviço de motoboy. Há uma tendência pela cobrança que é a dos km (quilômetros) rodados.

 

O custo para esse serviço

Algumas empresas criam uma tabela que é de preços e coloca os valores para um serviço de motoboy por bairro. Há também os preços que são cobrados por hora e na grande maioria dos motoboys é dado um valor que é um preço fixo por horas que são combinadas, com esse motoboy que deve ficar na porta de um estabelecimento até o final do expediente ou numa hora determinada pelo empregador.

A cobrança pelos km rodados é um método em que alguns aplicativos usam para que seja dado um preço para o cliente que é o solicitante. Nesse caso, será calculado o valor que é o mínimo e até 3 km (10,00), para depois multiplicar os km que serão por um valor que seja específico, como exemplo, podemos citar 1 real por Km. Para esse valor final a ser calculado que será aplicado dependerá da oferta e da demanda.

Para essa oferta e demanda em uma região, ela será relativa a alguns fatores, fazendo com que o valor desse serviço possa subir em finais de semana, nos feriados ou em horários que tenham uma alta demanda, mas com um valor mais baixo nos dias e em horários que se tenha uma pouca demanda, devido à aplicação de um desconto que deverá ser aplicado e servindo para evitar a falta de motoboys para atender.

 

Serviço de Motoboy em São Paulo

Em São Paulo, que concentra muitos profissionais que são motoboys e que tomamos para exemplificar o valor cobrado por km rodado de um motoboy, esses valores podem sofrer muitas variações e que vão de acordo com diversos fatores, que podem ser à distância, o horário, a natureza que é desse serviço e a sua modalidade. Esse custo pode ser de R$ 9,00 por hora.

Em tempo, esse custo é cobrado dessa forma e naqueles serviços que não possam ultrapassar a Grande São Paulo e a Capital. Os serviços que forem feitos fora dessas áreas poderá ser cobrado R$ 0.48 em cada quilômetro que for rodado. Há também nessa região que pegamos como exemplo, valores que são fechados e que são feitos mediante os orçamentos, que possam envolver uma localidade e o tipo de serviço.

Alguns cálculos realizados por empresas sugerem que o funcionário possa trabalhar com a sua própria moto e determina um valor a ser pago por km rodado que é de R$ 0,15. É um preço que pode ser diferenciado em muitas regiões brasileiras. O melhor é que seja combinado com o seu cliente um desconto, que certamente realizar uma boa viagem, será também muito lucrativo e até menos estressante para todas as partes.